As ruas da cidade onde nasci estão repletas de cheiros, vozes e barulhos da minha infância… Hoje o asfalto cobre o antigo calçamento de pequenos tijolos… Quando a chuva toca a minha terra a esperança renasce e os olhos dos meus conterrâneos revestem-se de um brilho vital. O cheiro de chuva representa a vida tocada por um sentido visceral, singelo…
As crianças daquela época adoravam sentir os primeiros pingos que aos poucos alagavam as ruas, transformando-as em rios urbanos. Meus pais não me deixavam sair para tomar banho, mas podia me contentar com a chuva molhando o corpo no quintal de casa.
Adorava balançar as galhas da romãzeira, que existe até hoje na casa da minha infância, e sentir após a ida da chuva, suas gotas percorrendo meu rosto e atingindo os lábios…
Quero sempre beber a água que traz a felicidade de outros tempos…
Muita linda a imagem, querida! Também tenho saudades da infância e desses momentos que a memória eterniza. Beijos, seu blog é lindo como você!!!
Doce o seu texto, lindo! Lembranças , como valorizo as lembranças e o seu texto acordou as minhas.